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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Brumadinho (uma tragédia anunciada)

Minha primeira parceria com o grande compositor Waldevir.


Waldevir - voz e violão
Edson Tobinaga - bandolins

BRUMADINHO (uma tragédia anunciada) Waldevir & Edson Tobinaga Brumadinho Rio doce Tanta morte Quem é que trouxe Mar de lama Vale é grana Este é o preço Da sua gana Quanta dor Desespero Animais Um pesadelo Rompimento Tanto horror Caos irado Neste atropelo Impunidade Insanidade Quem se importa Família morta A ribanceira A corredeira Só rejeito pelos pulmões.. Tragédia anunciada Rio de nada Alma penada Cadáveres na estrada Socorro manada Indeniza nada Gente estropiada Caras de pau Vidas que se vão Soluços na dor Será que os que ficaram Serão recompensados?

quarta-feira, 8 de julho de 2020

A Vida em Obra



A Vida em Obra (Cacá Mendes/Edson Tobinaga)
Cacá Mendes - voz e violão
Edson Tobinaga - voz, bandolim, cavaquinho, frigideira, efeitos eletrônicos

quinta-feira, 18 de junho de 2020

plena pantomima



"plena pantomima" atarantado ritmo de que tudo se espera, menos compasso de espera a me atravessar as vísceras entupidas de quimeras navalhando o que, alheio à alma, nascera disciplinado ritmo atarantado a engolfar, num turbilhão, as rimas em branco as brancas rosas os grisalhos outonos e o sono quase em abandono (prenúncio de clarão da lua) atarantado ritmo e ocasos, por acaso, nada ocasionais: o ritmo e, por dentro, o tráfego tipicamente brasileiro de saudades - a impressão de ter visto a sombra do pierrô em plena pantomima no vão livre dos mapas ritmo atarantado em trilhas porque qualquer quixote caberia em seu delírio as trilhas (sim!) as trilhas ladrilhos de Tomie o metrô está mais bonito assim eu escreveria um poema fumegante pelos túneis e adormeceria em toneis de neblina paulistana no entanto, detenho minhas mãos para mandolina em rosas que nada soam: apenas tremeluzem em sua palidez dulcíssima numa lágrima lágrima: pétala de lua Edson Tobinaga Poema de setembro de 2000, revisto em maio de 2020 Tania Clemente, declamação Edson Tobinaga, violão

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Zona de Fronteira - Inteira e Reluzente



"INTEIRA E RELUZENTE" - para Tania Clemente
Composição de Edson Tobinaga

ZONA DE FRONTEIRA
Edson Tobinaga, violão e arranjo
Daniel Collaneri, trompete
Sérgio Celestino, contrabaixo
Jonathan Mauger, bateria

Filmagem: Julien Lafont
São Paulo, 15 de julho de 2017

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Zona de Fronteira - Recado ao Tom (Edson Tobinaga)



"Recado ao Tom" (Edson Tobinaga), música composta em dezembro de 1994, in memoriam Antonio Carlos Jobim. ZONA DE FRONTEIRA Daniel Collaneri, trompete Edson Tobinaga, violão e arranjo Sérgio Celestino, contrabaixo Jonathan Mauger, bateria Filmagem realizada em 15 de julho de 2017 por Julien Lafont.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Zona de Fronteira - Clipe de demonstração



Formado por quatro amigos – Edson Tobinaga (violão, arranjos e direção musical), Daniel Collaneri (trompete), Sérgio Celestino (contrabaixo) e Jonathan Mauger (bateria) –, residentes do Parque São Domingos, região noroeste da capital paulista, o quarteto instrumental Zona de Fronteira trafega em um território vívido e fecundo, nos limites entre o erudito e o popular.
A estreia se deu no conceituado Sarau dos Conversadores, em sua 33ª edição, no palco do Auditório da Livraria da Vila, em 29 de novembro de 2016. Na ocasião, foram executadas três composições de Edson Tobinaga – “Trilha”, “Inteira e Reluzente” e “Recado ao Tom” –, uma de Paulo Jobim e Ronaldo Bastos – “A Mantiqueira Range” (temperada com o “Prelúdio nº 4” de Villa-Lobos) – e a fusão de dois clássicos de nosso cancioneiro: “Trem Azul”, de Lô Borges e Ronaldo Bastos, e “Chovendo na Roseira”, de Tom Jobim, pequena parcela de um repertório que privilegia a música brasileira e toda sua riqueza de sabores, ritmos e matizes.
O “Zona de Fronteira” lança-se, portanto, num projeto desafiador de desvendar os vários brasis que pulsam dentro do Brasil, ainda pouco explorados, valorizados e devidamente reconhecidos, que, desinibidos, dialogam com a tradição e a modernidade de outras culturas, mas com um sotaque inimitável e irresistível, tipicamente brasileiro.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Abstração Construída



A peça "Abstração Construída", elaborada através de meios eletrônicos, é consequência de reflexões e estudos acerca de um mesmo som, seus satélites e seus silêncios, de um desenho rítmico e seus desdobramentos, abstração que, não obstante, apoia-se na forma-sonata, ainda que estilizada. Apesar de suas modestas proporções, esta "Abstração Construída" resulta de uma admiração incondicional pelas obras de Giacinto Scelsi e Toru Takemitsu.
Não obstante ser um experimento eletrônico, a peça é impregnada de reflexões sobre a existência e sobre a condição solitária em que o homem, mesmo vivendo em sociedade, se encontra: solidão; solidões...

"Quando a gente ouve a Abstração Construída, a solidão - esse tigre - ganha uns ares de gato... E a gente chega a acariciá-la." (Yara Camillo)