Agenda, diário de criação, notas, esboços e realizações do compositor paulistano Edson H. Tobinaga.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Hans Werner Henze (1926-2012)
É com profundo pesar que noticio a morte do grande compositor alemão Hans Werner Henze, ocorrida no último sábado em Dresden. Reproduzo, abaixo, comunicado pela Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica.
A Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica comunica:
Morreu sábado, 27 de outubro, aos 86 anos, o compositor alemão Hans Werner Henze.
Henze nasceu em Gütersloh em 1º de julho de 1926.
Viveu na Itália e ficou conhecido por suas opiniões políticas marxistas, que influenciaram a sua obra. Trocou a Alemanha pela Itália em 1953, em razão da intolerância às suas posições políticas e à sua homossexualidade. Membro do antigo Partido Comunista Italiano, Henze produziu composições em homenagem a Ho Chi Min e a Che Guevara, entre elas o Réquiem intitulado Das Floss der Medusa (A Balsa de Medusa), cuja estreia foi vetada em Hamburgo em 1968.
Henze compôs em vários estilos, tendo sido influenciado pela música atonal, por Stravinsky, pela técnica dodecafônica, pelo estruturalismo e por alguns elementos da música popular, do rock e do jazz.
A música universal está de luto.
A Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica comunica:
Morreu sábado, 27 de outubro, aos 86 anos, o compositor alemão Hans Werner Henze.
Henze nasceu em Gütersloh em 1º de julho de 1926.
Viveu na Itália e ficou conhecido por suas opiniões políticas marxistas, que influenciaram a sua obra. Trocou a Alemanha pela Itália em 1953, em razão da intolerância às suas posições políticas e à sua homossexualidade. Membro do antigo Partido Comunista Italiano, Henze produziu composições em homenagem a Ho Chi Min e a Che Guevara, entre elas o Réquiem intitulado Das Floss der Medusa (A Balsa de Medusa), cuja estreia foi vetada em Hamburgo em 1968.
Henze compôs em vários estilos, tendo sido influenciado pela música atonal, por Stravinsky, pela técnica dodecafônica, pelo estruturalismo e por alguns elementos da música popular, do rock e do jazz.
A música universal está de luto.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Fernando Palmari
Mais uma nota triste neste ano de 2012: faleceu no dia 9 de julho, em Atibaia, Fernando Palmari, compositor, artista plástico, poeta, dramaturgo.
Sua vasta obra musical compreende canções líricas, canções de caráter popular, música de câmara, peças para piano, peças sinfônicas, sambas dos mais diversos gêneros e inspiradíssimas baladas de cunho jazzístico em andamento moderato slow.
Tive o prazer de assinar os arranjos de muitas de suas composições, além de ter composto com ele a ópera As Romãs se Repetem, o que nos aproximou na arte e que, para mim, foi fundamental para crescer artisticamente.
Também tive a honra de participar de inúmeros eventos promovidos por esse incansável agitador cultural.
Mas o principal mesmo foi a amizade sincera, profunda, que cultivamos ao longo de vinte anos.
Sentirei saudade de nossas longas conversas sobre todas as formas de arte, sobre o cotidiano, sobre coisas as mais banais, sobre a vida...
Só há que se lamentar que o legado desse "artista de sonho e alumbramento", como ele mesmo se definia, não lhe tivesse rendido o devido reconhecimento em vida, pois se trata de uma obra rica, singular, plena de beleza.
Sua vasta obra musical compreende canções líricas, canções de caráter popular, música de câmara, peças para piano, peças sinfônicas, sambas dos mais diversos gêneros e inspiradíssimas baladas de cunho jazzístico em andamento moderato slow.
Tive o prazer de assinar os arranjos de muitas de suas composições, além de ter composto com ele a ópera As Romãs se Repetem, o que nos aproximou na arte e que, para mim, foi fundamental para crescer artisticamente.
Também tive a honra de participar de inúmeros eventos promovidos por esse incansável agitador cultural.
Mas o principal mesmo foi a amizade sincera, profunda, que cultivamos ao longo de vinte anos.
Sentirei saudade de nossas longas conversas sobre todas as formas de arte, sobre o cotidiano, sobre coisas as mais banais, sobre a vida...
Só há que se lamentar que o legado desse "artista de sonho e alumbramento", como ele mesmo se definia, não lhe tivesse rendido o devido reconhecimento em vida, pois se trata de uma obra rica, singular, plena de beleza.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
J. Jota de Moraes
Foi com imenso pesar que recebi a notícia da morte de J. Jota de Moraes, aos 69 anos, em decorrência de problemas respiratórios.
Grande colaborador do Jornal da Tarde (de 1972 a 2003), foi, sem dúvida, o maior crítico musical do país. Reproduzo, abaixo, texto de sua autoria por ocasião do lançamento do CD Premières Sinfonia Cultura em 2001.
Do
ponto de vista técnico, a gravação coloca muito relevo na percussão e nos
instrumentos de sopro. As cordas, em geral nem sempre proeminentes, soam um
tanto opacas.
Jornal da Tarde, 5 de outubro de 2001.
Grande colaborador do Jornal da Tarde (de 1972 a 2003), foi, sem dúvida, o maior crítico musical do país. Reproduzo, abaixo, texto de sua autoria por ocasião do lançamento do CD Premières Sinfonia Cultura em 2001.
Em CD, os novos nomes da música erudita
brasileira
O álbum Première traz a primeira
gravação da orquestra Sinfonia Cultura e o registro de obras de quatro jovens
compositores brasileiros
J.
Jota de Moraes
Première
é o título do CD do selo Paulus no qual há duas estréias: trata-se da primeira
gravação da Sinfonia Cultura, sob regência de Lutero Rodrigues, e também do
registro inaugural de obras de quatro jovens compositores brasileiros. Eles
são: Luciano Guimarães, Edson Tobinaga, Marcus Siqueira e Vinícius Calvitti.
Assim, este compact disc tem dupla importância.
O
Brasil, infelizmente, é pobre em orquestra e paupérrimo em boas orquestras
sinfônicas. Organismos de manutenção cara, elas não vêm recebendo do governo a
atenção que merecem. Quase sempre, vivem em crise ou à míngua e seus músicos,
em geral, acabam por realizar o seu trabalho por razões mais alimentares que
propriamente artísticas. Todos acabam sofrendo com isso - os músicos, pela vida
precária que freqüentemente levam, e os ouvintes, pela música de qualidade
medíocre que são obrigados a ouvir.
A
Sinfonia Cultura, orquestra da Rádio e TV Cultura de São Paulo, é mantida pela
Fundação Padre Anchieta. Criada em 1998, ela vem realizando um trabalho
respeitável, ainda que nem sempre de altíssimo nível artístico. Muito nova,
espera-se que ela amadureça, sem entretanto cair no "funcionalismo"
que contamina tantas outras orquestras brasileiras. Seu efetivo relativamente
pequeno, de 55 músicos, exige ainda mais virtuosismo de seus integrantes e
maior interação entre os vários naipes. E não é só porque, na atualidade, é a
única a pertencer a uma emissora de rádio e televisão no Brasil que ela deva se
acomodar - bem ao contrário.
Em
parceria com a Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, a gravadora Paulus
e a Ponteio Publishing, Inc., com sede em Nova York, a Sinfonia Cultura
promoveu o Primeiro Concurso Nacional de Composição, realizado em 2000. O CD
Première é dedicado às obras vencedoras.
Os quatro jovens compositores escolhidos se debatem com
os problemas da crise geral da linguagem musical que o século 20 evidenciou.
Diante de tantas e radicais obras-primas nascidas nesse período, eles se
esforçam em se exprimir de maneira pessoal. Em 4 Estudos Sinfônicos, Luciano
Guimarães tenta a aventura curiosa de aliar traços do minimalismo à música
indígena e de inspiração folclórica. Edson Tobinaga, em Primavera Tripartida,
busca na rarefação do pontilhismo sonoro estabelecer uma ponte entre Ocidente e
Oriente. Já Marcus Siqueira, em Nove Cromos para Orquestra, risca no
espaço-tempo uma série de arabescos bem cativantes, revisitando momentos da
História da Música com imaginação. A Sinfonia, de Vinícius Calvitti, por sua
volta, é mais convencional no seu apelo aos pólos tonais e à discursividade do
material temático. Todos eles são talentosos e dão-nos a esperança de ainda vir
a frutificar com maior originalidade.
Jornal da Tarde, 5 de outubro de 2001.
sábado, 17 de março de 2012
Sarau "Rimbaud etc"
GRUPO Ô DE CASA
Eli Clemente, declamador
Tania Clemente, canto
Marcos Silva, canto
Edson Tobinaga, violão
Sarau RIMBAUD ETC.
23 de março, às 18h
Sede da ADUSP (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo)
Rua da Reitoria, 374
Cidade Universitária - São Paulo - SP
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Projeto Música e Vida - Boa Esperança (MG)
Divulgação do "Projeto Música e Vida" da cidade de Boa Esperança em Minas Gerais, que busca a socialização de crianças e adolescentes através da música.
PROJETO MÚSICA E VIDA
Rua Doutor Antonio Candido de Figueiredo, 289
Centro - Boa Esperança - MG
(35) 8443-2408
(11) 9156-2929
c/ Maria Lucia
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