Fórum “MUDAR SÃO PAULO” de Educação e Cultura
e
Grupo “Ô DE CASA”
apresentam
Almeida Junior: O Violeiro (1899) - Pinacoteca do Estado
SARAU CAIPIRA
(Canções e Poesias)
Centro
Cineclubista de São Paulo
Rua Augusta, 1239 cj 13/14 (Metrô
Consolação)
3214-3906
6 de outubro de 2010
(quarta-feira), 21h
Falar de ser caipira é abordar um universo de saberes, e não o domínio
de ignorância ou atraso, como é muito habitual na linguagem do senso comum.
Trata-se de refletir sobre
modalidades de cultura popular (na
qual se situa o caipira) como dimensões de sabedoria socialmente compartilhadas
por diferentes grupos da sociedade.
Nesse sentido, a cultura popular se reveste de potencial democrático
pois homens e mulheres de diversas classes e faixas de idade dividem entre si
aqueles conhecimentos em seu cotidiano, aprendidos no dia a dia, transmitidos e
transformados entre pessoas que,
nessa esfera, são iguais: culinária, cantos, poemas, gestos, narrações... E ser
caipira hoje é também estar num mundo globalizado, informatizado,
dotado de um ritmo muito acelerado de informações em circulação.
Este SARAU agrupa canções e poemas de origem e circulação populares.
Discutiremos a pertinência e a
continuidade (ampliada, transformada e transformadora) dessa cultura
popular no mundo atual: somos caipiras, portadores de uma cultura,
assim como muitos de nossos contemporâneos são judeus, palestinos, ciganos ou
indígenas e outras identidades mais, portadores de tantas culturas. Ser caipira
é cultivar saberes, em diálogo com outros saberes porque as culturas quase
nunca se mantêm num estado de pureza absoluta.
A cultura caipira abrange,
portanto, a produção material da vida (o trabalho, os cuidados com o corpo -
alimentação, higiene, proteção e ornato -, a moradia) e as diferentes formas
simbólicas de que se revestem todas essas atividades, incluindo a produção e a
fruição do belo – artes. Nesse sentido, há dimensões de uma identidade caipira (sertaneja, matuta,
caiçara, beiradeira e similares) de cunho afirmativo, que se manifesta em
poemas, canções e prosas: esses homens e mulheres gostam de ser o que são,
apesar de eventuais dificuldades e sofrimentos por eles enfrentados.
Esses homens e mulheres somos nós todos.
PROGRAMA
ABERTURA: Algumas palavras
· Azulão
– Jayme Ovalle e Manuel Bandeira
· Nhapopé – Domínio público,
recolhida por Villa Lobos
· Patativa – Vicente
Celestino
·
Poemas: ”Ideal do Caboclo” -
Cornélio Pires
· Poema: “Final
de Ato”- Marilita Pozzoli
· Moreninha,
se eu te pedisse - Anônimo do século
XIX
· Pingo
d’Água – Raul Torres e João Pacífico.
· Flor
do Cafezal - Luiz Carlos Paraná
· “A
Flor do Maracujá” – Catulo da Paixão
Cearense
· Poema: ”A Madrasta” – Domínio Público
· Viola
Quebrada – Mario de Andrade e Ary Kerner
· Guacira
– Hekel Tavares e Juracy Camargo
· Sertaneja
– René Bittencourt
· Poema: “As
Três Lágrimas” – Campos Negreiros
· Poema: “Mãe
Preta” – Patativa do Assaré
· Prelúdio nº 5 – Heitor Villa Lobos (Solo de violão)
· Tristeza
do Jeca – Angelino de Oliveira
FINAL: Olha pro Céu – Luiz Gonzaga e José
Fernandes
Cantam: Marcos
Silva e Tania Clemente
Declamam: Lourdinha,
Rosana, Taís, Joyce, Thaynara,
Zoraide e Eli
Violão e Direção
Musical: Edson Tobinaga (Tobi)
Coordenação Geral:
Eli Clemente
Produção: Grupo
“Ô de Casa”
Fotos: Cláudio Araújo.
Contatos: 11-2262-4858,
6998-0811, 6999-5055